Para Fávaro, ajustes são necessários, porém retroceder nas questões ambientais não é uma opção viável. O ministro citou a nova legislação de licenciamento ambiental, já aprovada na Câmara e em discussão no Senado, como um exemplo de medida que não prejudica o meio ambiente. Ele ressaltou que é fundamental analisar cuidadosamente as propostas para garantir que não haja retrocessos.
Além disso, Fávaro defendeu a premiação de produtores ambientalmente responsáveis, como forma de incentivar boas práticas no setor agropecuário. Ele mencionou a possibilidade de oferecer taxas de juros mais baixas no Plano Safra para quem adota medidas sustentáveis. O ministro também destacou a importância do cadastro ambiental rural e sugeriu a possibilidade de premiar produtores que optam por produtos naturais em vez de pesticidas.
Sobre as exigências ambientais impostas pela União Europeia que podem impactar os produtores brasileiros, Fávaro afirmou que o Brasil tem outras opções, como fortalecer as relações comerciais com países do chamado “Sul Global”, como os Brics, Ásia e Oriente Médio. Ele ressaltou que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia não é a única alternativa para o Brasil e defendeu a diversificação dos parceiros comerciais.
Por fim, o ministro concordou com a proposta da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de criar uma Autoridade Climática no país. Para Fávaro, o clima é o principal ativo da agricultura brasileira e uma autoridade responsável por essa questão seria fundamental para o setor agropecuário. Ele destacou a importância de manter um clima estável e adequado para garantir a produção agrícola.
