Segundo o ministro, a declaração do diretor financeiro da Danone, Jurgen Esser, que a empresa parou de comprar soja do Brasil e passou a adquirir o produto de países asiáticos como uma medida preventiva diante da lei antidesmatamento da União Europeia, foi um dos motivos que o levaram a acreditar que a ação das empresas francesas não foi uma coincidência.
Fávaro também criticou o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, por descrever falsamente as condições de produção brasileira, ferindo a soberania do país e desrespeitando a reputação de uma produção sustentável. O ministro acredita que tais declarações têm como objetivo criar um pretexto para a França se opor ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
O Carrefour, em um comunicado divulgado nas redes sociais, anunciou que não venderá mais carnes do Mercosul, independentemente dos preços e quantidades oferecidos por esses países. A decisão foi tomada após a empresa ouvir os protestos dos agricultores franceses, que se opõem ao acordo de livre comércio entre os dois blocos.
Diante desses acontecimentos, Fávaro concluiu que a atitude das empresas francesas prejudica a produção exemplar e sustentável do Brasil. Ele enfatizou que não vê motivos para atacar a produção brasileira e expressou sua indignação com as tentativas de difamar o país. Em meio a esse embate, as relações comerciais entre Brasil e França enfrentam novos desafios, colocando em xeque a finalização do acordo entre Mercosul e União Europeia.