Em uma declaração dada nesta quarta-feira, o ministro reforçou a sua opinião de que aqueles que solicitaram o impeachment do presidente não deveriam ter qualquer envolvimento com o governo federal. Ele ressaltou que irá analisar a lista de congressistas que assinaram o pedido, mas afirmou que isso não implicará em punições diretas, como a perda de cargos ou discriminação no pagamento de emendas.
No entanto, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), já alertou que os parlamentares aliados que assinaram o requerimento contra Lula serão tratados como persona non grata pelo Palácio do Planalto, podendo ter seus repasses de emendas prejudicados e indicações a cargos regionais suspensas. A situação tem gerado tensão política e colocado em xeque a estabilidade da base aliada do governo.
O pedido de impeachment protocolado pela oposição, liderado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), conta com 139 assinaturas e tem como base a comparação feita por Lula entre os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza e o Holocausto. O fato de deputados de partidos da base aliada terem endossado o documento tem gerado ainda mais controvérsia e incertezas sobre os desdobramentos dessa crise política. A postura do governo diante desse cenário ainda está sendo definida, mas o clima de tensão e divisão parece tomar conta do cenário político brasileiro.