O ministro ressaltou que a contestação feita pelos advogados de Bolsonaro contra sua relatoria foi apresentada fora do prazo exigido, mas reconheceu que atuou como advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um caso do TSE semelhante ao que gerou a condenação de Bolsonaro. Zanin argumentou que, caso essa outra ação também chegue ao STF, poderia ser distribuída para ele em conexão, gerando assim o impedimento nos dois casos.
No recurso, Bolsonaro questiona a decisão do TSE de junho de 2023, na qual a maioria dos ministros considerou que ele cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao questionar a lisura do sistema eleitoral durante um encontro com embaixadores. O ex-presidente também foi condenado em outubro pelo TSE por abuso de poder político e econômico nas comemorações do Bicentenário da Independência em 2022. Bolsonaro recorre contra ambas as decisões, e caso uma delas seja derrubada, a outra continuará valendo, mantendo o prazo de inelegibilidade até 2030.
A atitude de Zanin levantou questionamentos sobre sua imparcialidade no julgamento do caso de Bolsonaro, gerando debates sobre a condução do processo e a possibilidade de influência de interesses políticos. A sessão extraordinária do STF promete ser de grande expectativa e tensão, com desdobramentos que podem impactar diretamente o futuro político do ex-presidente.