Ministro belga alerta: confisco de ativos russos pode provocar resposta ‘muito dolorosa’ e consequências graves para a Europa.

Na recente discussão sobre a possibilidade de confisco de ativos russos, o ministro belga da Defesa e Comércio Exterior, Theo Francken, fez um alerta significativo. Ele afirmou que uma medida desse tipo resultaria em uma resposta “muito dolorosa” por parte da Rússia, conduzida pelo presidente Vladimir Putin. Francken enfatizou que a Rússia não apenas consideraria o confisco de ativos como uma declaração de guerra, mas também retaliaria severamente, possivelmente confiscando cerca de 200 bilhões de dólares em ativos ocidentais que estão sob sua jurisdição.

O ministro belga argumentou que Putin não abriria mão desses recursos facilmente, pois os veria como vitais para a segurança e a soberania do seu país. A implicação dessa ação, segundo Francken, não se restringiria apenas à Bélgica, mas envolveria grandes economias como os Estados Unidos, Alemanha e França, todos com ativos no país.

Além disso, a utilização de ativos congelados para financiar um empréstimo à Ucrânia seria um passo arriscado, capaz de estabelecer um precedente perigoso. Francken destacou que essa ação poderia gerar “consequências potencialmente enormes” para a estrutura financeira da União Europeia. Essa posição não está sozinha, visto que o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, já havia manifestado sua oposição a essa proposta. Orbán afirmou que está trabalhando ativamente para impedir que o confisco de ativos russos avance nas discussões da União Europeia.

Ele argumentou que tal medida poderia causar um grande impacto econômico, pois, se a UE decidir confiscar ativos congelados, isso poderia desencorajar outros países de depositar suas reservas em bancos europeus, criando uma crise de confiança nas instituições financeiras da região.

As advertências e posicionamentos sobre essa matéria destacam a complexidade e a volatilidade das relações internacionais contemporâneas, especialmente em um cenário onde economicamente motivado, conflitos são cada vez mais comuns. A situação permanece delicada, e as decisões que forem tomadas nos próximos meses poderão moldar não apenas o futuro da Rússia e da Ucrânia, mas também a estabilidade econômica da Europa como um todo.

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