A autorização para a apreensão do celular foi solicitada pela Polícia Federal e teve o parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação teve início após a divulgação de mensagens envolvendo integrantes do TSE e do gabinete do STF, reveladas pela imprensa. Tagliaferro foi ouvido pela PF e apresentou seu celular, porém se recusou a entregá-lo para perícia técnica, alegando não ter participação na divulgação das mensagens.
O procurador-geral da República ressaltou a necessidade de medidas de busca e apreensão pessoal e domiciliar em relação a Tagliaferro, pois há indícios de posse de materiais relevantes sobre as condutas investigadas. O ministro Alexandre de Moraes reforçou em sua decisão a importância da busca no aparelho, destacando que os dados contidos são de interesse público e fundamentais para a investigação em curso.
Além disso, a determinação inclui a possibilidade de acessar outros dispositivos eletrônicos que possam conter informações relevantes, com o objetivo de verificar a autoria do vazamento de informações. Tagliaferro foi demitido do cargo após ser preso por violência doméstica em maio de 2023 e sua defesa nega qualquer irregularidade.
Diante dos desdobramentos do caso, a investigação seguirá em andamento, permitindo a análise detalhada do conteúdo dos dispositivos eletrônicos para esclarecer as condutas apuradas e a autoria do vazamento de informações sensíveis. O desfecho desse processo deverá ser acompanhado de perto pela opinião pública, uma vez que envolve figuras de relevância no cenário político nacional.
