Ministro André Fufuca Sob Investigação por Nomeação de Funcionária Fantasma na Câmara dos Deputados, TCU Apura Dano de R$ 284 mil ao Erário Público.

Apuração de Funcionário Fantasma Envolve André Fufuca em Polêmica na Câmara dos Deputados

O recente escândalo envolvendo André Fufuca, atual ministro do Esporte sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva e ex-deputado federal, reacende um antigo debate sobre a transparência e a ética no uso de recursos públicos. Fufuca é acusado de ter nomeado uma funcionária fantasma durante seu mandato na Câmara dos Deputados, entre 2019 e 2020. A ex-servidora, Katiane Ferreira Barboza, recebia uma remuneração total de R$ 14,1 mil, incluindo salário e auxílio-alimentação.

O Tribunal de Contas da União (TCU) entrou em cena ao iniciar uma Tomada de Conta Especial (TCE) para investigar os danos financeiros decorrentes dessa irregularidade. O montante que o TCU busca restituir aos cofres públicos já alcança a quantia de R$ 284 mil, corrigida pela inflação, o que agrava ainda mais a situação de Fufuca e os envolvidos.

Na época em que Fufuca atuava como quarto-secretário da Mesa Diretora da Câmara, ele nomeou Barboza para um Cargo em Comissão de Natureza Especial (CNE). Contudo, menos de um mês após sua nomeação, ela assumiu um cargo no Ministério da Saúde. A irregularidade foi identificada pela corregedoria do próprio ministério, que alertou a Câmara dos Deputados para a situação. A instauração de uma investigação levou à punição de Barboza.

Em sua defesa, a ex-servidora admitiu ter acumulado funções em dois órgãos públicos e alegou que seu trabalho na Câmara era feito de forma remota, embora tenha registrado presença diariamente. Barboza afirmou que André Fufuca tinha ciência de sua dupla jornada, mas negou ser uma funcionária fantasma.

Durante seu depoimento, Fufuca reiterou que a nomeação de Katiane estava vinculada a um pedido da liderança do Partido Progressista (PP). Entretanto, ele não conseguiu explicar a mudança nas regras de controle de frequência que facilitaram a manipulação dos registros de trabalho da ex-servidora.

A investigação destacou que, diferentemente de outros cargos, os ocupantes de CNE devem cumprir expediente integral dentro das instalações da Câmara. A Comissão de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) concluiu que Katiane Barboza não provou ter prestado serviços efetivos, o que levanta sérias questões sobre a ética e a integridade administrativa de Fufuca.

Tentativas de contato com ambos os protagonistas deste impasse não resultaram em respostas até o fechamento deste relato, mas a situação promete desdobramentos importantes em um tema que toca diretamente na responsabilidade na gestão de cargos públicos. A expectativa da sociedade é de que as investigações avancem e tragam clareza a esse caso emblemático, envolvendo a confiança pública em representantes eleitos.

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