Durante sua exposição, Moraes enfatizou que os réus, incluindo Bolsonaro, cometeram todas as infrações penais que foram apontadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o ministro, o ex-presidente atuou como o líder de uma organização criminosa que buscou deslegitimar o processo democrático e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Em suas palavras, Bolsonaro teria utilizado a estrutura do Estado como ferramenta para implementar um projeto de poder autoritário.
Moraes detalhou que as ações dos réus constituem a execução de um plano de golpe, argumentando que as provas são robustas e consistentes. Ele citou a participação de Bolsonaro em reuniões onde foram discutidas estratégias para neutralizar autoridades e a produção de áudios envolvendo figuras como o general Mário Fernandes, que reforçam a ligação direta do ex-presidente com as atividades ilícitas.
Os outros réus mencionados no processo incluem figuras de destaque do governo Bolsonaro, como Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça. Além deles, também são réus Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, todos ocupantes de cargos importantes no governo anterior.
O julgamento em questão é considerado um dos mais relevantes da história recente do STF, refletindo tensões políticas e jurídicas que permeiam o cenário atual. A expectativa em relação aos votos dos outros ministros se mantém alta, uma vez que o desfecho deste caso pode ter repercussões significativas na política do país.