Ministro Alexandre de Moraes Rebata Acusações de Ex-Assessor Sobre Adulteração de Documentos em Investigações da Polícia Federal

O ministro Alexandre de Moraes, membro do Supremo Tribunal Federal (STF), vem a público refutar as sérias alegações de seu ex-assessor, Eduardo Tagliaferro, que se encontra foragido na Itália. Durante uma audiência por videoconferência na Comissão de Segurança Pública do Senado, Tagliaferro levantou acusações contundentes, afirmando que Moraes teria adulterado documentos para fundamentar operações da Polícia Federal, o que, se confirmado, configuraria uma grave violação das normas legais.

De acordo com as alegações de Tagliaferro, um documento crucial teria uma data alterada. Ele afirmou que foi pressionado a criar um material após uma ação policial, mas, para que parecesse que o documento tinha sido produzido anteriormente, houve uma manipulação da data. Essa mudança, segundo Tagliaferro, visava ocultar que a operação da Polícia Federal foi desencadeada por uma matéria publicada na imprensa à época.

O ex-assessor apresentou metadados que indicam que o documento em questão foi criado no dia 28 de agosto de 2022 às 10h33, mas foi processado com uma data anterior, 22 de agosto. Isso levanta questões sobre a integridade processual das ações tomadas por Moraes durante suas investigações relacionadas à desinformação e à tentativa de golpe de Estado.

Em resposta às acusações, o ministro Moraes, através de sua assessoria, sustentou que todas as ações realizadas no âmbito das investigações foram feitas de forma regular e transparente. Ele detalhou que a equipe do Tribunal Superior Eleitoral foi mobilizada para elaborar relatórios sobre atividades ilícitas e que toda essa documentação foi devidamente encaminhada às autoridades competentes, incluindo a Procuradoria Geral da República.

Moraes ressaltou ainda que as investigações, tanto nas apurações sobre fake news quanto nas relacionadas a milícias digitais, seguiram todos os trâmites legais, com diversas determinações sendo enviadas a órgãos competentes. Segundo ele, os relatórios elaborados foram utilizados para investigar postagens ilegais e estavam todos formalmente documentados nos inquéritos do STF.

Por fim, o ministro enfatizou que o processo realizado sob sua responsabilidade foi inteiramente regular, reiterando que não há fundamentos que sustentem as acusações feitas por Tagliaferro. Essa polêmica reflete um cenário de crescente tensão nas relações entre o Judiciário e questões políticas, em um momento em que a transparência e a integridade das investigações são fundamentais para a confiança nas instituições.

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