O primeiro compromisso do ministro será com o governador Cláudio Castro, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Polícia Militar, localizado no Centro do Rio. A reunião é parte de uma iniciativa mais ampla, conhecida como ADPF das Favelas, que visa monitorar e avaliar os níveis de violência e letalidade associados às operações policiais. Após a audiência com o governador, Moraes deve visitar as sedes de outros órgãos importantes, como o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e a Defensoria Pública, para alinhar ações e cobrar o cumprimento das diretrizes estabelecidas pelo STF.
Esperam-se desdobramentos significativos após esta série de encontros. Moraes já antecipou a necessidade de um relatório detalhado da operação policial, exigindo que o governador forneça informações sobre a justificativa para o uso da força, o número de agentes envolvidos, as armas utilizadas, além de dados sobre os mortos, feridos e detidos na ação. O ministro também enfatizou a importância de uma investigação rigorosa sobre possíveis abusos e a responsabilidade das forças de segurança.
Além dessas questões, Moraes quer saber mais sobre o uso de escolas e unidades de saúde como bases operacionais durante a operação, a preservação de locais para perícia e a observância do princípio da proporcionalidade, especialmente em horários em que crianças e adolescentes estão nas instituições educativas. O foco da audiência é garantir que as operações policiais estejam dentro dos padrões legais e respeitem os direitos humanos, especialmente em um cenário onde a violência tem se mostrado alarmante e as consequências dessas ações em comunidades vulneráveis são cada vez mais severas. Esta visita do ministro representa um esforço do STF para trazer maior transparência e responsabilidade no uso da força policial no Brasil.
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