Ministra da Segurança da Argentina propõe lei contra “barras bravas” após incidentes em manifestação de aposentados.

A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, tomou uma importante decisão nesta segunda-feira (17) ao apresentar um projeto de lei que visa combater as chamadas “barras bravas” no país. Durante uma entrevista coletiva na Casa Rosada, sede do governo argentino, Bullrich explicou os detalhes dessa nova proposta que pretende classificar as torcidas organizadas como associações ilícitas.

De acordo com a ministra, a lei proposta amplia a legislação existente sobre violência em eventos públicos e inclui os acordos que financiam as atividades dessas torcidas, muitas vezes respaldadas pela direção dos clubes. O objetivo final desse projeto é endurecer as penas para os envolvidos em situações como a manifestação do último dia 12, que segundo as autoridades, foi infiltrada por integrantes de torcidas organizadas.

A legislação local prevê penas de cinco a 20 anos de prisão para aqueles que tentam amedrontar a população ou pressionar o governo através de ações violentas. Bullrich também destacou que as torcidas organizadas estão envolvidas em atividades que vão além do futebol, atuando na economia informal e realizando negócios que geram um ambiente de pressão constante.

Além disso, a ministra afirmou que o governo continuará desqualificando administrativamente indivíduos envolvidos em comportamentos violentos, impedindo que frequentem estádios e participem de eventos esportivos. Essa medida visa garantir a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos argentinos, evitando conflitos e preservando a ordem pública.

A proposta de lei surge em meio aos protestos frequentes de aposentados em frente ao Congresso argentino. Esses manifestantes estão insatisfeitos com os ajustes fiscais que afetaram suas pensões, levando a uma redução significativa no valor dos benefícios recebidos. O governo tem sido pressionado a rever essas medidas e garantir a proteção dos direitos dos aposentados no país.

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