Daniela Mercury destacou a importância do axé, definindo-o como a força que emana de tudo o que é vivo. Ela ressaltou que as religiões de matriz africana são frequentemente alvo de preconceito devido ao racismo enraizado na sociedade brasileira. A cantora enfatizou que muitas vezes nossa cultura e identidade são moldadas por essas religiões e sem elas, não seríamos quem somos.
Já a ministra Margareth Menezes reforçou a necessidade de compreender a verdadeira história e cultura do povo afro-brasileiro. Ela ressaltou que ao longo da história, as religiões de matriz africana foram perseguidas e marginalizadas, e que é essencial respeitá-las e reconhecer sua importância na formação da identidade cultural brasileira.
O caso envolvendo Cláudia Leitte foi denunciado ao Ministério Público da Bahia por uma Iyalorixá e pelo Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras. A denúncia alega que a artista cometeu um possível ato de racismo religioso ao modificar uma letra que possui significado importante dentro da comunidade de religiões afro-brasileiras.
Em resposta, Cláudia Leitte afirmou que o racismo é um assunto sério que deve ser tratado com a devida importância e seriedade. Ela ressaltou a importância do respeito, solidariedade e integridade, afirmando que esses valores não devem ser negociados. A cantora reforçou a necessidade de um debate construtivo e responsável sobre temas sensíveis como o racismo.
O evento envolvendo Daniela Mercury e Margareth Menezes trouxe à tona discussões relevantes sobre respeito, identidade e cultura afro-brasileira, em um momento em que questões de intolerância religiosa e racismo ainda persistem na sociedade. É fundamental promover o respeito mútuo e a valorização da diversidade cultural presente no Brasil.