Genevard foi categórica ao afirmar que, na sua visão, o acordo não oferece uma solução para os problemas enfrentados pela política comercial norte-americana. Para ela, a questão se torna ainda mais complexa quando se considera o setor agrícola europeu, que poderia ser severamente prejudicado em face de uma competição desleal com os produtos sul-americanos. O temor é que a inclusão do Mercosul na equação traga mais “tumultos” comerciais, frustrando os interesses dos agricultores europeus.
A ministra também mencionou que acordos de livre comércio não devem ser alcançados a qualquer custo, ressaltando a necessidade de defender os setores agrícolas e agroalimentares, que são fundamentais para a economia francesa. Ela enfatizou que o Mercosul já era um acordo problemático antes e continua a ser, sugerindo que sua implementação poderia tornar a situação ainda pior.
A resistência da França está se encontrando com desafios, já que a mídia local aponta que a ministra estaria perdendo apoio entre outros Estados-membros da UE em sua luta para renegociar o acordo com o Mercosul. As tarifas comerciais conduzidas pela administração Trump têm gerado uma onda de incertezas nas relações comerciais globais, levando a ministra a considerar que a posição francesa precisa ser mais firme, não apenas em defesa de seus próprios interesses, mas em apoio ao equilíbrio das relações comerciais na Europa como um todo.
Nesse cenário, Genevard alertou que a agricultura francesa precisa de proteção e que o acordo com o Mercosul não é viável se a intenção é manter a integridade e a competitividade do setor agrícola na Europa.
