A representação assinada pelo subprocurador-geral Lucas Furtado inclui o pedido de suspensão dos salários dos 25 oficiais das Forças Armadas indiciados, entre eles o ex-presidente, ex-ministros e ex-comandante da Marinha. Furtado alega que manter os pagamentos para esses indivíduos vai contra os princípios da moralidade administrativa, pois estariam sendo remunerados pelo Estado enquanto tramavam contra ele.
Os gastos mensais da União com os salários desses militares chegam a R$ 675 mil, totalizando R$ 8,78 milhões. O procurador ainda recomenda a suspensão de qualquer outra remuneração custeada com recursos públicos federais, o que poderia atingir Valdemar Costa Neto, presidente do PL.
Além disso, Furtado sugere ao TCU pedir ao Supremo Tribunal Federal o compartilhamento do relatório de indiciamento da Polícia Federal, que está sob sigilo. Segundo a PF, Bolsonaro tinha conhecimento e participou do plano golpista, sendo acusado de golpe de Estado, abolição do estado democrático de direito e organização criminosa.
Diante de todas as evidências apresentadas, o Ministério Público busca responsabilizar os envolvidos no suposto golpe e garantir a integridade do Estado de Direito, impedindo que recursos públicos sejam utilizados de forma indevida para remunerar agentes que conspiravam contra a democracia. O desenrolar desse caso promete gerar ainda mais impacto político e jurídico nos próximos dias.