Segundo os promotores, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz deveriam receber pena máxima pelos dois homicídios e um tentado, além de mais dois anos pela receptação do automóvel utilizado no crime. O MP-RJ alega a necessidade da punição máxima em virtude da gravidade dos crimes, da repercussão internacional e do modus operandi dos criminosos, aspectos esses que não teriam sido considerados adequadamente na sentença. Vale ressaltar que o Ministério Público já havia pedido a condenação máxima para ambos durante o júri.
Lessa e Queiroz foram condenados no final de outubro deste ano por duplo homicídio, com penas de 78 anos, 9 meses e 30 dias/multa para Lessa e 59 anos, 8 meses e 10 dias/multa para Queiroz. Além das penas de prisão, os condenados terão que pagar uma indenização de R$ 706 mil aos parentes das vítimas, bem como uma pensão para o filho de Anderson Gomes até os 24 anos.
Os mandantes do crime, Domingos e Chiquinho Brazão, foram acusados de ordenar as mortes, mas negam envolvimento. O caso segue em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
A comoção global causada pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, somada ao uso de arma automática e silenciador e ao planejamento da emboscada, são alguns dos pontos que fundamentam o pedido do Ministério Público para o aumento das penas dos assassinos. O MP-RJ acredita que a gravidade dos crimes exige uma punição exemplar, que reflita o repúdio da sociedade em relação a atos tão cruéis e covardes. A defesa dos acusados, por sua vez, reitera a inocência dos mesmos e confia na justiça para que o caso seja esclarecido de forma justa e imparcial.









