Ministério Público Investiga Abandono de Veículos Apreendidos pela Polícia Civil em Alagoas e Propõe Leilões para Evitar Deterioração e Perda de Recursos

A 62ª Promotoria de Justiça da Capital de Alagoas deu início a um procedimento administrativo com o objetivo de investigar a alarmante situação de veículos apreendidos pela Polícia Civil. A medida foi desencadeada após uma vistoria técnica que revelou sérios problemas, decorrentes do abandono dos veículos e do uso inadequado de recursos públicos.

No dia 11 de setembro, a promotora Karla Padilha Rebelo Marques realizou uma inspeção que expôs um “expressivo acúmulo” de automóveis deixados em condições precárias, expostos às intempéries. Muitos dos veículos encontravam-se em estado avançado de deterioração, e alguns estavam cobertos por vegetação, o que demonstra que ficaram esquecidos por um extenso período. Essa negligência não apenas provoca a perda irreversível de valor dos bens, mas também representa riscos significativos, como incêndios e degradação do meio ambiente. Além disso, a falta de identificação em muitos dos veículos dificulta o processo judicial relacionado aos mesmos, complicando ainda mais a situação.

O Ministério Público classificou a situação como uma “falha grave na gestão pública”, em clara violação do princípio da eficiência administrativa. Em comparação, o Detran-AL realiza leilões de veículos apreendidos em até 60 dias, um ritmo que está muito aquém do que acontece com os bens sob a custódia da Polícia Civil. Dentre as soluções sugeridas, está a realização de leilões públicos, realizados por leiloeiros oficiais, que não apenas evitariam a deterioração total dos veículos, mas também gerariam receitas que poderiam beneficiar o Estado.

O procedimento administrativo em andamento visa aprofundar a investigação e determinar as medidas necessárias para resolver essa questão. Dependendo dos desdobramentos, o Ministério Público poderá emitir recomendações às autoridades competentes ou até mesmo levar o caso à esfera judicial. A promotoria reafirmou seu compromisso em agir de forma proativa, buscando garantir transparência e eficiência na gestão do patrimônio público, um fator vital para a confiança da sociedade nas instituições. A esperança é que ações efetivas sejam implementadas o mais rápido possível para revitalizar esse importante patrimônio e minimizar os danos já causados.

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