De acordo com as investigações, os policiais teriam recebido uma quantia considerável de propina, no valor de R$ 800 mil, para arquivar uma importante investigação relacionada ao esquema de tráfico em novembro de 2020. Mensagens trocadas sobre as negociações, propostas de vantagens indevidas e detalhes dos pagamentos foram encontrados, assim como extratos bancários que evidenciaram as transferências realizadas por meio de empresas de fachada.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público inclui os crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. Além disso, os policiais também foram acusados de praticar agiotagem, cobrando juros excessivos em empréstimos informais oferecidos aos envolvidos no esquema.
Os denunciados teriam se aproveitado do acesso privilegiado à informação e do poder estatal para cometerem uma série de crimes, favorecendo traficantes e lesando a sociedade. O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público de São Paulo encarregado da investigação, apontou que a evolução patrimonial dos acusados não condiz com suas rendas declaradas, sugerindo que utilizaram empresas e pessoas como laranjas para ocultar os ganhos ilícitos.
Além das sanções penais, o Ministério Público solicitou uma indenização por danos materiais e morais coletivos no valor mínimo de R$ 7,5 milhões. A ação do MP revela a determinação em combater a corrupção e garantir a responsabilização dos envolvidos em atividades ilícitas, demonstrando o compromisso em defender a justiça e a ordem na sociedade.