José Carlos Cosenzo e Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, apoiados pelo ex-procurador-geral, ficaram em primeiro e terceiro lugar, respectivamente, com 1.004 e 731 votos cada. O segundo colocado, com 987 votos, foi o procurador Antonio Da Ponte, representando a oposição interna.
A eleição teve um índice de participação expressivo, com 98% dos votos registrados até as 15 horas, em um sistema eletrônico que facilitou a contagem. Em menos de duas horas, 74% dos promotores e procuradores já haviam votado. O resultado final foi anunciado pontualmente às 17 horas.
O procurador-geral em exercício, Fernando José Martins, enfatizou a lisura do processo eleitoral e agradeceu aos candidatos pela postura durante a votação. Agora, a lista tríplice com os candidatos mais votados será encaminhada ao governador Tarcísio de Freitas, que terá 15 dias para escolher o próximo procurador-geral de Justiça.
A Associação Paulista do Ministério Público enviou um ofício ao governador pedindo que ele respeite a vontade dos membros da instituição e escolha o candidato mais votado. Os cinco procuradores que disputaram o cargo trouxeram diferentes perspectivas e propostas para a gestão do Ministério Público, em um processo marcado por discussões e disputas internas.
Com a responsabilidade de investigar autoridades como deputados estaduais, prefeitos e até o próprio governador, o procurador-geral de Justiça terá um papel fundamental na instituição. A diferença de 17 votos entre o primeiro e o segundo colocado demonstra a acirrada disputa interna e a importância da escolha do governador para a nomeação final. Cerca de dois mil membros da instituição estavam aptos a participar da eleição, cada um com direito a votar em três candidatos.
Agora, resta aguardar a decisão do governador e a nomeação do novo procurador-geral de Justiça, que terá a missão de liderar a instituição nos próximos anos. A escolha do próximo procurador-geral terá impacto direto no rumo e nas ações do Ministério Público de São Paulo. A votação foi parte de um processo democrático que reflete a pluralidade de ideias e a força da instituição na defesa da justiça e da sociedade.