De acordo com os promotores do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPSP, o valor multimilionário corresponde à “quantia aproximada do benefício patrimonial obtido com os atos de lavagem de dinheiro e corrupção passiva” dos investigados. Eles ressaltaram a associação entre policiais e o PCC para a prática de crimes.
Os promotores afirmaram que o “conluio tomou um aspecto ainda mais grave” ao unir “servidores que atuam em órgãos de segurança pública e ‘empresários’ do crime”. Segundo eles, de um lado haviam falsos agentes da lei e, do outro, homens de dinheiro.
Além disso, o Gaeco destacou que as atividades do grupo formado por policiais e traficantes colocaram a sociedade em risco, resultando no assassinato de Gritzbach “em plena luz do dia e no ambiente lotado do maior aeroporto da América do Sul”.
Os 12 denunciados incluem empresários, advogados, investigadores e delegados da Polícia Civil, cada um enfrentando acusações que vão desde organização criminosa e extorsão até lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Entre os denunciados estão também a esposa de um dos policiais e viúva de um gerente do PCC, indicada por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A investigação revela a gravidade e a complexidade do caso, que envolve policiais e empresários do crime em ações ilícitas que afetam diretamente a segurança pública e a sociedade como um todo. O desfecho desta história promete desdobramentos ainda mais impactantes no cenário criminal do estado de São Paulo.