Ministério Público de Alagoas recorre ao STJ para levar réu a júri popular pelo assassinato de ativista político.

O Ministério Público do Estado de Alagoas está buscando a reforma de uma decisão que despronunciou J.R.S.R. no caso do homicídio do ativista político Kleber Malaquias. O recurso especial foi interposto no dia 5 e agora está nas mãos do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O pedido é para que J.R.S.R. seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri, juntamente com outros quatro denunciados.

Segundo o procurador de Justiça Hélder Jucá, os embargos de declaração utilizados pela defesa de J.R.S.R. não podem ser utilizados para revisar o mérito de uma sentença, mas sim para esclarecer contradições ou omissões. No entanto, a corte decidiu de forma contrária ao seu próprio padrão de julgamento, o que motivou o recurso do Ministério Público.

O caso teve início com a pronúncia de J.R.S.R. pelo juízo de Rio Largo, mas essa decisão foi posteriormente revertida em um julgamento na Câmara Criminal do TJAL. O réu argumentava a falta de indícios de autoria, mas a decisão do Tribunal foi unânime em mantê-lo no Tribunal do Júri.

Após a interposição de embargos de declaração, a situação tomou um rumo inesperado. Um novo desembargador assumiu o caso e apresentou um entendimento diferente, seguido por outro que mudou seu voto, resultando no despronunciamento de J.R.S.R.

O Ministério Público alega que há fortes indícios da participação de J.R.S.R. no crime, baseados em relatórios provenientes da quebra de sigilo telefônico, depoimentos de testemunhas e no tratamento diferenciado que ele teria recebido em relação aos outros acusados. A decisão final cabe agora ao Superior Tribunal de Justiça, que deverá avaliar os argumentos apresentados pelo MPAL.

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