Ministério Público da Bolívia considera prisão preventiva de Evo Morales por suposto envolvimento em tráfico humano com menor de idade em 2016.

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, pode enfrentar sérias consequências legais, já que a Procuradoria-Geral do país está considerando solicitar sua prisão preventiva. Este possível pedido se deve a uma acusação de tráfico humano, que está sendo analisada em uma audiência marcada para o próximo dia 14 de janeiro na cidade de Tarija, localizada no sul boliviano. A informação foi divulgada pelo procurador-geral venezuelano, Roger Mariaca.

As acusações enfrentadas por Morales estão ligadas a um suposto relacionamento com uma menor de idade que teria ocorrido em 2016, período em que ele ainda ocupava o cargo de presidente. De acordo com as investigações, a menor teria engravidado, o que levanta questões legais e éticas em torno da conduta do político. A promotoria alega que Morales fez um acordo com os pais da adolescente para manter essa relação, o que, segundo a legislação boliviana, poderia ser interpretado como tráfico de pessoas, especialmente considerando a idade da envolvida.

Roger Mariaca declarou que se Morales não comparecer à audiência ou não justificar sua ausência formalmente, um mandado de prisão pode ser emitido. Essa medida seria acompanhada por outras ações previstas na legislação penal que rege o país, podendo incluir restrições adicionais que visem a manutenção da ordem e da justiça.

Com sua saída do poder em 2019 e subsequentemente vivendo fora do país, Morales já enfrentou críticas e várias controvérsias. A nova denúncia acrescenta mais um capítulo turbulento à sua já complexa trajetória política. As reações à possibilidade de prisão são divergentes, variando de apoio entre seus defensores a reprovação entre os opositores, que veem a ação como uma oportunidade para responsabilizar o ex-presidente.

A audiência em Tarija será um momento-chave para o desdobramento deste caso, e o resultado pode influenciar significativamente a opinião pública sobre Morales, bem como seu futuro político e judicial na Bolívia.

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