O ONP, um oleoduto administrado pela empresa estatal Petroperú, possui 1,1 mil quilômetros de extensão e é responsável por transportar petróleo da Amazônia peruana para os portos da costa. Até o momento, as causas do vazamento e os responsáveis ainda não foram identificados, segundo informações do Minam.
No entanto, a Petroperú já ativou o seu plano de contingência, que inclui ações para controlar o vazamento, conter o hidrocarboneto e limpar a área afetada. Importante ressaltar que o petróleo não atingiu nenhum rio no departamento de Amazonas, conforme esclareceu o Ministério.
Esse incidente ocorre em um momento em que o governo brasileiro tem se posicionado a favor da exploração de petróleo na Margem Equatorial, localizada na região da foz do rio Amazonas. Recentemente, as licenças para essa exploração foram suspensas pelo Ibama devido às ameaças à biodiversidade.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou seu apoio à exploração de petróleo e gás natural na região da Margem Equatorial, ressaltando a importância do recurso para financiar a transição energética do país. Ele criticou a atuação do Ibama, sugerindo que o órgão estaria agindo contra o governo nesse contexto.
Lula destacou a necessidade de estudos para avaliar a viabilidade da exploração na região e anunciou que a Casa Civil irá se reunir com o Ibama para discutir a autorização das pesquisas pela Petrobras. A Margem Equatorial possui um grande potencial petrolífero, conforme apontam estudos da estatal brasileira, Petrobras, abrangendo estados brasileiros como Amapá e Rio Grande do Norte, além de partes do Suriname e da Guiana.
Assim, diante desse vazamento no Peru e das discussões sobre a exploração na Margem Equatorial brasileira, as questões ambientais e energéticas na região amazônica continuam sendo temas de grande relevância e debate nos países da região.