Ministério do Meio Ambiente do Peru confirma vazamento de petróleo no Oleoduto Norperuano, sem derramamento em rios da região.

O Ministério do Meio Ambiente do Peru anunciou nesta quarta-feira (12) um vazamento de petróleo decorrente de um acidente no Oleoduto Norperuano (ONP), localizado no departamento de Amazonas. O Organismo de Avaliação e Fiscalização Ambiental, vinculado ao Ministério, está realizando uma ação de supervisão diante do vazamento de petróleo bruto ocorrido no dia 12 de fevereiro de 2025, no Trecho II do ONP, na província de Condorcanqui.

O ONP, um oleoduto administrado pela empresa estatal Petroperú, possui 1,1 mil quilômetros de extensão e é responsável por transportar petróleo da Amazônia peruana para os portos da costa. Até o momento, as causas do vazamento e os responsáveis ainda não foram identificados, segundo informações do Minam.

No entanto, a Petroperú já ativou o seu plano de contingência, que inclui ações para controlar o vazamento, conter o hidrocarboneto e limpar a área afetada. Importante ressaltar que o petróleo não atingiu nenhum rio no departamento de Amazonas, conforme esclareceu o Ministério.

Esse incidente ocorre em um momento em que o governo brasileiro tem se posicionado a favor da exploração de petróleo na Margem Equatorial, localizada na região da foz do rio Amazonas. Recentemente, as licenças para essa exploração foram suspensas pelo Ibama devido às ameaças à biodiversidade.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou seu apoio à exploração de petróleo e gás natural na região da Margem Equatorial, ressaltando a importância do recurso para financiar a transição energética do país. Ele criticou a atuação do Ibama, sugerindo que o órgão estaria agindo contra o governo nesse contexto.

Lula destacou a necessidade de estudos para avaliar a viabilidade da exploração na região e anunciou que a Casa Civil irá se reunir com o Ibama para discutir a autorização das pesquisas pela Petrobras. A Margem Equatorial possui um grande potencial petrolífero, conforme apontam estudos da estatal brasileira, Petrobras, abrangendo estados brasileiros como Amapá e Rio Grande do Norte, além de partes do Suriname e da Guiana.

Assim, diante desse vazamento no Peru e das discussões sobre a exploração na Margem Equatorial brasileira, as questões ambientais e energéticas na região amazônica continuam sendo temas de grande relevância e debate nos países da região.

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