Em uma declaração dada em Roma, após sua participação no II Fórum Internacional Esfera como palestrante, Silveira destacou a importância da decisão: “Se houver risco energético, não interessa outro assunto a não ser fazer o horário de verão”. Ele ressaltou que a decisão precisa ser tomada esta semana para aproveitar a melhor janela, que é novembro. O ministro também destacou que o horário de verão não deve ser tratado como uma questão ideológica, pois é uma política pública aplicada em vários países desenvolvidos.
Silveira explicou que, diante da crise hídrica que o país enfrenta, é fundamental adotar medidas preventivas para garantir o abastecimento de energia. Ele citou a pior crise hídrica dos últimos 73 anos, de acordo com dados do Cemaden, e ressaltou a importância de equilibrar segurança e modicidade tarifária. Além disso, o ministro garantiu que, se o horário de verão for adotado, não interferirá no segundo turno das eleições, marcado para o dia 27 deste mês.
Durante uma reunião ordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou projeções que apontam incertezas em relação ao período úmido e a necessidade de adotar medidas operacionais preventivas para garantir a segurança do sistema elétrico. O desafio principal até dezembro é atender a demanda de carga do horário de pico.
Diante desse cenário, a decisão sobre a adoção do horário de verão se torna ainda mais importante para garantir o fornecimento de energia e evitar problemas no setor elétrico. O ministro Alexandre Silveira reforçou a responsabilidade de sua decisão e destacou a importância de considerar aspectos técnicos, políticos e sociais antes de tomar uma medida tão impactante para o país.