Entre as organizações beneficiadas, está a Associação Comunitária de Desenvolvimento Artístico e Cultural de Canapi, que irá operar em Alagoas. Na Bahia, a Associação Rádio Comunitária Cafarnaum FM se prepara para lançar sua emissora. O Maranhão foi contemplado com várias outorgas, como a Associação Bomjardinense de Radiodifusão Comunitária em Bom Jardim, além do Instituto Luz, que abrirá uma estação em Santo Amaro do Maranhão e a Associação Comunitária Educacional e Cultural de Barra do Corda, entre outras.
No Pará, a Associação Comunitária de Radiofusão Nova Karajás-ACRNK atuará em Parauapebas, enquanto na Paraíba, as Associações Caruçu Sobrado e Cultural e Educacional de Pitimbu também foram autorizadas a operar. Em Pernambuco e no Piauí, além do Rio Grande do Sul, várias outras organizações receberam licença para estabelecer rádios que visam promover a cultura local e favorecer a comunicação entre a população.
De acordo com o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, as rádios comunitárias são vitais para a comunicação, pois oferecem informação de qualidade e promovem o entretenimento e a cultura regional. Ele destacou que o objetivo é que mais associações consigam as outorgas necessárias para levar esse serviço a milhares de brasileiros, enfatizando a importância da informação em tempos de crises, como desastres naturais e emergências sociais.
Entretanto, é importante frisar que as emissoras não podem iniciar suas operações imediatamente após receber a outorga. O processo requer a aprovação pela Casa Civil e pelo Congresso Nacional. As rádios comunitárias, que operam com baixa potência e são geridas por associações sem fins lucrativos, desempenham um papel fundamental na promoção da integração social e no fortalecimento das comunidades, oferecendo espaço para a difusão de ideias, cultura e tradições.
Para que uma entidade possa obter a autorização para operar uma rádio comunitária, é necessário protocolar uma solicitação junto ao ministério, especificando a área de atuação. Após essa solicitação, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realiza uma análise para verificar a viabilidade técnica. Se mais de uma entidade solicitar autorização para a mesma área, o Ministério das Comunicações facilitará o diálogo entre elas, promovendo um entendimento para a operação do serviço.
Assim, as rádios comunitárias se configuram não apenas como um meio de comunicação, mas como um verdadeiro pilar de suporte e desenvolvimento comunitário, fortalecendo a voz e a identidade de regiões que, de outra forma, poderiam permanecer isoladas.