Inicialmente, a economia prevista para os anos de 2025 e 2026 com as medidas era de R$ 71,9 bilhões, no entanto, com as alterações realizadas pelos parlamentares, esse valor foi atualizado para R$ 69,9 bilhões. Em entrevista concedida a jornalistas anteriormente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as modificações feitas pelos parlamentares resultariam em uma redução de cerca de R$ 1 bilhão no impacto total do pacote.
Uma das principais medidas retiradas do pacote de gastos foi a mudança na forma de correção do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), o que causará uma redução de R$ 800 milhões na economia do governo federal. Além disso, houve resistência por parte de integrantes do Poder Judiciário em relação às restrições aos “super-salários” no serviço público.
Quando o pacote de gastos foi anunciado por Haddad em novembro, o mercado financeiro reagiu negativamente, principalmente devido à proposta de ampliação da isenção no imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil de salário, o que poderia resultar em uma renúncia fiscal. Nos dias seguintes, o dólar disparou e atingiu máximas históricas, refletindo a preocupação dos investidores.
Haddad declarou que novas medidas de restrição de despesas poderão ser adotadas e defendeu a necessidade de uma revisão constante dos gastos do governo. Ele ressaltou que essa prática deve ser rotineira e não algo extraordinário. A atuação mais consistente do Banco Central, aliada à aprovação do texto que corta despesas pelo Congresso, contribuíram para uma queda na cotação do dólar nos últimos dias.