Ministério da Agricultura Rebate Danone e Condena Embargo à Soja Brasileira como ‘Arbitrário e Punitivo’ em Resposta às Normas da União Europeia

O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil fez um pronunciamento contundente sobre as recentes decisões tomadas por empresas europeias, incluindo a gigante francesa Danone, que decidiram interromper a compra de soja brasileira. Em uma nota oficial divulgada nesta terça-feira, 29 de outubro, a pasta expressou sua indignação, considerando as medidas uma afronta às práticas sustentáveis e as legislações ambientais do Brasil. A empresa Danone, juntamente com outras do setor alimentar europeu, alegou que a compra de soja do Brasil estaria contribuindo para o desmatamento, provocando a ação do ministério.

A nota ressalta que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rígidas do mundo, respaldada por um complexo sistema de monitoramento e fiscalização, o que permite o combate ao desmatamento ilegal. O ministério enfatiza que as empresas brasileiras que exportam soja estão em conformidade com processos rigorosos de due diligence, o que assegura que os produtos atendem às exigências dos mercados internacionais e são provenientes de áreas que não desmatam.

Adicionalmente, o ministério critica as normas adotadas pela União Europeia, considerando-as “arbitrárias, unilaterais e punitivas”. Essas regras impõem exigências excessivas que desconsideram as particularidades dos países produtores, impactando negativamente a competitividade dos pequenos agricultores brasileiros no mercado europeu. O Brasil, que é um dos maiores produtores mundiais de soja, considera a agricultura uma peça fundamental na sustentabilidade global e se comprometem a manter altos padrões ambientais e sociais.

Cabe destacar que, apesar das declarações da matriz europeia da Danone, a unidade brasileira da empresa afirmou que continua adquirindo soja no Brasil, respeitando as regulamentações locais e internacionais. A tensão entre as autoridades brasileiras e as empresas europeias evidencia o descompasso entre as políticas de comércio internacional e as exigências ambientais, com ruralistas brasileiros pedindo um boicote aos produtos da Danone. O ministério finaliza sua nota enfatizando que o Brasil está aberto à colaboração, mas exige um tratamento justo e igualitário nas relações comerciais.

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