Em um comunicado oficial, a rede de notícias prometeu manter sua cobertura de forma profissional e objetiva, apesar das medidas israelenses, as quais foram classificadas como tentativas de silenciar o canal de notícias. A emissora solicitou apoio de associações de imprensa e organizações midiáticas e pediu solidariedade de jornalistas ao redor do mundo em defesa da liberdade de imprensa.
A Al Jazeera é conhecida por sua cobertura crítica das ações militares israelenses em Gaza e na Cisjordânia. Durante a invasão aos escritórios, os militares também arrancaram um pôster da jornalista Shireen Abu Akleh, morta por um militar israelense enquanto cobria um ataque militar na região há dois anos.
A invasão aos escritórios em Ramallah foi condenada pelo Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina e pelo escritório de mídia do governo do Hamas em Gaza. A Associação de Imprensa Estrangeira de Israel expressou preocupação com o incidente e pediu ao governo israelense para reconsiderar suas ações.
Essa incursão ocorre poucos dias após o Departamento de Imprensa do Governo israelense revogar as credenciais dos jornalistas da Al Jazeera no país, seguindo a proibição do canal em Israel em maio, devido à alegação de que sua cobertura representava uma ameaça à segurança nacional. A Al Jazeera prometeu continuar sua cobertura jornalística, apesar das pressões e tentativas de silenciamento.