O Hospital Kamal Adwan vem enfrentando os impactos diretos da crescente violência na região, sendo alvo de ataques recorrentes durante os últimos três meses. O ambiente de atendimento, já fragilizado, ficou ainda mais crítico após a detenção do diretor e a transferência dos pacientes para o Hospital Indonésio, cujas condições foram descritas como “extremamente difíceis”. O ministério de saúde local não poupou palavras para ressaltar a gravidade da situação, destacando que muitos dos pacientes evacuados se encontravam em estados de vulnerabilidade significativa.
A detenção de Abu Safiya foi justificada pelas FDI como uma medida contra supostos vínculos com o Hamas, embora não tenham apresentado qualquer evidência concreta para sustentar esta acusação. Em resposta, o Hamas fez um apelo à Organização das Nações Unidas (ONU) e a outras instituições internacionais. O grupo solicitou uma investigação independente sobre o ocorrido e a presença de observadores para depor sobre a utilização do hospital.
Este incidente se insere em um contexto de hostilidades intensificadas que tiveram início em outubro de 2023. Desde então, o número de palestinos mortos ultrapassou 45.400, com mais de 108.000 feridos, conforme informações do Ministério da Saúde de Gaza. A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu declarações severas sobre os ataques, enfatizando que a assistência médica deve ser protegida e ressaltando a urgência de medidas para evitar que a situação na saúde pública em Gaza se agrave ainda mais. O cenário humanitário, portanto, permanece crítico, com especialistas e organizações internacionais clamando por uma cessação das hostilidades e proteção aos direitos humanos na região.