Militares de Israel Detêm Diretor do Último Hospital em Funcionamento no Norte de Gaza em Meio a Crise Humanitária Agravante



Em uma operação militar que gerou grande repercussão, as Forças de Defesa de Israel (FDI) detiveram o doutor Hussam Abu Safiya, diretor do Hospital Kamal Adwan, o último hospital em funcionamento no norte da Faixa de Gaza. A detenção ocorreu no dia 29 de dezembro de 2024, quando as tropas israelenses invadiram a unidade de saúde, levando não apenas o médico, mas também dezenas de funcionários e pacientes. De acordo com relatos do Ministério da Saúde de Gaza, os militares forçaram a evacuação, obrigando os presentes a se despirem em pleno inverno.

O Hospital Kamal Adwan vem enfrentando os impactos diretos da crescente violência na região, sendo alvo de ataques recorrentes durante os últimos três meses. O ambiente de atendimento, já fragilizado, ficou ainda mais crítico após a detenção do diretor e a transferência dos pacientes para o Hospital Indonésio, cujas condições foram descritas como “extremamente difíceis”. O ministério de saúde local não poupou palavras para ressaltar a gravidade da situação, destacando que muitos dos pacientes evacuados se encontravam em estados de vulnerabilidade significativa.

A detenção de Abu Safiya foi justificada pelas FDI como uma medida contra supostos vínculos com o Hamas, embora não tenham apresentado qualquer evidência concreta para sustentar esta acusação. Em resposta, o Hamas fez um apelo à Organização das Nações Unidas (ONU) e a outras instituições internacionais. O grupo solicitou uma investigação independente sobre o ocorrido e a presença de observadores para depor sobre a utilização do hospital.

Este incidente se insere em um contexto de hostilidades intensificadas que tiveram início em outubro de 2023. Desde então, o número de palestinos mortos ultrapassou 45.400, com mais de 108.000 feridos, conforme informações do Ministério da Saúde de Gaza. A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu declarações severas sobre os ataques, enfatizando que a assistência médica deve ser protegida e ressaltando a urgência de medidas para evitar que a situação na saúde pública em Gaza se agrave ainda mais. O cenário humanitário, portanto, permanece crítico, com especialistas e organizações internacionais clamando por uma cessação das hostilidades e proteção aos direitos humanos na região.

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