Militares Bloqueiam Investigadores em Tentativa de Prisão do Presidente Sul-Coreano Yoon Suk-yeol Durante Crise Política e Acusações de Insurreição



Uma situação de crise política se desenrola na Coreia do Sul, onde o presidente Yoon Suk-yeol enfrenta um mandado de prisão, emitido pelo Tribunal de Seul, sob acusações graves de insurreição e abuso de poder. Na quinta-feira, 2 de janeiro de 2025, militares supostamente subordinados ao comando de defesa da capital impediram investigadores de entrar na residência oficial do presidente para cumprir a ordem judicial.

De acordo com relatos, cerca de 20 policiais e membros do Escritório de Investigação de Corrupção de Altos Funcionários conseguiram inicialmente acessar a propriedade, mesmo diante da resistência de apoiadores do presidente, que se aglomeraram em frente à sua residência. A lei sul-coreana determina que Yoon, por ser o chefe de Estado, possui certa proteção durante seu mandato, mesmo que temporariamente afastado de suas funções. O Serviço de Segurança Presidencial confirmou que agiria em conformidade com a legislação vigente, permitindo a entrada dos investigadores, mas com restrições que os impediam de utilizar veículos.

Entretanto, os militares presentes no local foram considerados elementos da resistência à ação judicial, bloqueando a entrada dos investigadores em um ato que levanta questões sérias sobre a separação entre poderes no país. A tensão aumentou na sequência da decisão do parlamento sul-coreano, que votou a favor do impeachment do presidente em 14 de dezembro, após a imposição de lei marcial nos dias 3 e 4 do mesmo mês. A medida, segundo Yoon, foi um “ato de governança estatal” mirado na oposição, que atualmente domina o legislativo.

As alegações contra o presidente incluem que ele teria enviado tropas ao Parlamento para frustrar um possível voto que poderia revogar a lei marcial, desencadeando um intenso debate sobre os limites do poder executivo em momentos de crise. Os advogados de Yoon e o partido governista, por sua vez, classificaram o mandado de prisão como ilegal e mantêm a argumentação de que as ações do presidente foram defensivas, buscando preservar a ordem legislativa.

A multidão de apoiadores que se reuniu nas imediações da residência presidencial mostra a polarização crescente no cenário político sul-coreano. Em resposta ao clima tenso, Yoon apelou à população, chamando os que ali se encontraram de patriotas e prometendo lutar contra o que considera uma injustiça até o fim. O desdobramento desse conflito é acompanhado de perto, pois poderá moldar os rumos políticos da Coreia do Sul nos próximos meses.

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