Revelações sobre Tentativa de Golpe e Planos de Assassinato
A crise política que assola o Brasil desde as eleições de 2022 ganhou novos contornos com o depoimento do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele admitiu que elaborou um documento que sugeria a prisão preventiva de juízes do STF, considerados por ele como geradores de instabilidade. Essa revelação ocorreu durante os interrogatórios do chamado núcleo 3 da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, que tem gerado grande controvérsia no país.
A trama foi exposta após a Polícia Federal localizar um pen drive que continha informações sobre a ação. De acordo com Lima, o conteúdo do documento deveria servir como um estudo prospectivo, elaborado dentro das diretrizes do setor de inteligência do Exército. Ele destacou que o esboço foi abandonado apenas dois dias após sua criação, devido à priorização da retirada de manifestantes bolsonaristas em frente aos quartéis. Lima também informou que houve uma reunião na casa do general Walter Souza Braga Netto, então candidato à vice-presidência com Jair Bolsonaro, mas que não foram discutidos planos para um golpe.
Em um desdobramento igualmente preocupante, o general Mario Fernandes, preso desde novembro, confirmou ao STF sua autoria de um projeto chamado “Punhal Verde e Amarelo”. Esse documento continha um plano para assassinar não apenas o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também o vice-presidente Gerald Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Fernandes se declarou arrependido por ter extraviado e impresso o material, alegando que se tratava apenas de um compilado de dados e não de um plano concretizado.
Dentro do texto golpista, o general descreveu métodos e armas para os ataques, incluindo uma metralhadora M249 e até um lança-mísseis AT4. Também foram mencionadas opções de envenenamento, o que levanta questões alarmantes sobre a seriedade dessas intenções. O clima de tensão no Brasil, portanto, não parece se dissipar, já que a investigação revela a profundidade das conspirações no contexto político atual. A sociedade observa ansiosamente o desenrolar dessa saga, que expõe não só as fragilidades institucionais, mas também os perigos que podem surgir em um ambiente democrático ameaçado.