A presença expressiva dos manifestantes surpreendeu os que transitavam pela área, que relataram dificuldades em se locomover devido à aglomeração. Enquanto alguns integrantes da mobilização se concentravam nas imediações da sede do Incra, outros se acomodavam no calçadão próximo ao órgão, criando um acampamento temporário.
Com o intuito de pressionar o governo por respostas e ações efetivas, os trabalhadores rurais planejam realizar uma assembleia no dia seguinte para discutir os próximos passos da mobilização. Desde o último domingo, 20, os membros do MST e outros movimentos sociais estão acampados na capital alagoana. As demandas incluem melhorias nos assentamentos rurais e soluções para famílias que permanecem em situações precárias, ainda vivendo em acampamentos.
A mobilização é fruto da colaboração entre várias organizações, incluindo a Frente Nacional de Luta (FNL), o Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), entre outros. Juntas, essas entidades reclamam a resolução imediata das principais necessidades de assentamentos e acampamentos em todo o Estado.
Renildo Gomes, um dos líderes do MST, reafirmou a determinação do grupo, destacando que essa não é a primeira vez que buscam soluções diretamente no Incra em 2023. Ele enfatizou que, caso suas reivindicações continuem sem resposta, novos protestos são inevitáveis. “Se nossas demandas não foram resolvidas, não será a última”, afirmou.
A mobilização não apenas busca uma mudança nas políticas de Reforma Agrária, mas também pretende trazer visibilidade para a luta dos trabalhadores que, historicamente, enfrentam dificuldades no acesso à terra e ao desenvolvimento rural. A situação regida pela falta de respostas eficazes do governo é um reflexo dos desafios enfrentados pelos movimentos sociais no Brasil. A continuidade das atividades ao longo da semana promete manter em destaque as questões fundamentais da comunidade rural.