Milei Encerra CPAC na Argentina: Peso Simbólico e Críticas à Esquerda Marcam Evento com Participação de Líderes Conservadores Globais.



O presidente da Argentina, Javier Milei, deu encerramento à Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), realizada em Buenos Aires, no dia 4 de dezembro. O evento, que atraiu a atenção internacional, reuniu figuras proeminentes do cenário conservador, tais como o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que participou de forma virtual, além do deputado Eduardo Bolsonaro, e do líder do Vox, Santiago Abascal. O racha nas ideologias à esquerda e um forte apelo à causa conservadora foram enfatizados em um discurso de uma hora por Milei, que criticou o que chamou de “terror do socialismo”, alegando que a esquerda gera miséria em todos os lugares onde assume o poder.

Sob o slogan que defende um governo restrito, a liberdade econômica e a preservação da cultura, a CPAC atraiu uma variedade de participantes identificados com a chamada “batalha cultural” promovida pelas novas direitas. O evento marcou um momento significativo, pois foi a primeira vez que a conferência ocorreu fora dos Estados Unidos, uma decisão celebrada por Milei como um reconhecimento de sua liderança no cenário global.

Entre os discursos proferidos, um destaque foi a mensagem de Ben Shapiro, um influente apresentador norte-americano, que declarou que Milei está liderando o mundo em direção a uma “nova era de ouro”. Além disso, a presença de Bolsonaro, que parabenizou Milei por suas ações, reforçou a imagem de união entre várias vertentes conservadoras da América Latina e dos Estados Unidos.

No entanto, especialistas têm questionado a relevância concreta do evento. Embora tenha um peso simbólico considerável, eles apontam que a CPAC pode não gerar um impacto significativo na geopolítica, sendo mais um espaço de celebração interna do que um fórum voltado para a projeção de políticas globais. Viani, um analista político, sugeriu que a cúpula, com sua diversidade de líderes, os une mais pela oposição à agenda progressista do que por convicções ideológicas semelhantes. Essa cisão no pensamento conservador indica que, embora unidos contra o multilateralismo e outras iniciativas progressistas, as diferenças nas abordagens e visões continuam a existir entre figuras como Milei, Trump e Bolsonaro. A cúpula, portanto, não só reflete a união de vozes conservadoras, mas também as tensões e disparidades dentro desse movimento.

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