Sob o slogan que defende um governo restrito, a liberdade econômica e a preservação da cultura, a CPAC atraiu uma variedade de participantes identificados com a chamada “batalha cultural” promovida pelas novas direitas. O evento marcou um momento significativo, pois foi a primeira vez que a conferência ocorreu fora dos Estados Unidos, uma decisão celebrada por Milei como um reconhecimento de sua liderança no cenário global.
Entre os discursos proferidos, um destaque foi a mensagem de Ben Shapiro, um influente apresentador norte-americano, que declarou que Milei está liderando o mundo em direção a uma “nova era de ouro”. Além disso, a presença de Bolsonaro, que parabenizou Milei por suas ações, reforçou a imagem de união entre várias vertentes conservadoras da América Latina e dos Estados Unidos.
No entanto, especialistas têm questionado a relevância concreta do evento. Embora tenha um peso simbólico considerável, eles apontam que a CPAC pode não gerar um impacto significativo na geopolítica, sendo mais um espaço de celebração interna do que um fórum voltado para a projeção de políticas globais. Viani, um analista político, sugeriu que a cúpula, com sua diversidade de líderes, os une mais pela oposição à agenda progressista do que por convicções ideológicas semelhantes. Essa cisão no pensamento conservador indica que, embora unidos contra o multilateralismo e outras iniciativas progressistas, as diferenças nas abordagens e visões continuam a existir entre figuras como Milei, Trump e Bolsonaro. A cúpula, portanto, não só reflete a união de vozes conservadoras, mas também as tensões e disparidades dentro desse movimento.