O pleito foi realizado em um cenário de estagnação econômica e elevada volatilidade cambial, exacerbado por recentes escândalos de corrupção que afetaram a imagem do governo. Apesar desses desafios, La Libertad Avanza obteve aproximadamente 40,84% dos votos para a Câmara dos Deputados. Em contrapartida, o bloco opositor Fuerza Patria, associado ao peronismo, recebeu cerca de 24,50% dos votos, com a apuração chegando a 91%.
Outra característica marcante dessa eleição foi o baixo índice de participação popular, com apenas 66% dos eleitores comparecendo às urnas, um dos menores níveis desde o retorno da democracia em 1983. Esse contexto eleitoral reflete a apatia de uma parte significativa da população em relação ao processo democrático, possivelmente afetada pela insatisfação com as condições econômicas e políticas.
Além de seu desempenho na Câmara, o partido de Milei também teve êxito nas eleições para o Senado, conquistando vitórias em seis das oito províncias onde novos senadores estavam em disputa. Ao todo, os argentinos elegeram 24 novos senadores e 127 deputados. Atualmente, o La Libertad Avanza conta com seis representantes no Senado e 37 na Câmara.
Com esses resultados, o governo de Milei visa fortalecer sua base no Congresso, essencial para implementar um pacote de reformas econômicas que recebeu não apenas suporte local, mas também aprovação dos mercados internacionais e de aliados estratégicos, como os Estados Unidos. Essa busca por uma base congressual mais robusta é crucial para que o governo consiga enfrentar a complexidade da situação econômica da Argentina e responder às exigências globais por mudanças significativas na gestão fiscal e econômica do país.
