Em uma entrevista à Rádio Mitre, Milei afirmou que Macri teria um papel representativo da Argentina no mundo, acima do ministério das Relações Exteriores. Segundo o candidato libertário, Macri pode ajudar a abrir novos mercados para o país. Essa aproximação entre Milei e Macri tem causado insatisfação na candidata Patricia Bullrich, que enfrenta dificuldades para se diferenciar de Milei, já que os programas de governo dos dois têm semelhanças, incluindo a proposta de um forte ajuste fiscal.
Estrategistas como Jaime Durán Barba, que trabalhou na campanha presidencial de Macri em 2015, acreditam que é uma vantagem para Milei não pertencer a partidos tradicionais nem ter integrado governos passados. No entanto, Durán Barba alerta que uma aproximação com figuras políticas tradicionais, como Macri, poderia gerar custos políticos para Milei, que promete combater a “casta política”.
Além disso, a proposta de Milei de privatizar o Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet) também tem gerado polêmica. Funcionários fizeram um ato em frente ao Conicet junto com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Daniel Filmus, para mostrar sua insatisfação com essa proposta.
Milei também teve um encontro com autoridades do Fundo Monetário Internacional (FMI), que descreveu como “muito cordial”. Ele afirmou que os compromissos serão respeitados e propôs um ajuste que levaria a um resultado financeiro neutro e ao fim do crescimento da dívida. Suas propostas mais polêmicas incluem a dolarização da economia e a eliminação do Banco Central da República Argentina (BCRA).
Com a eleição se aproximando, Milei continua sendo o centro das atenções na campanha argentina. A relação com Macri e suas propostas econômicas controversas têm gerado debates acalorados e repercussão na imprensa. Resta aguardar para ver como esses acontecimentos e propostas impactarão o cenário político argentino nas próximas semanas.