Mikheil Kavelashvili é eleito presidente da Geórgia em meio a disputas políticas e alegações de fraude no processo eleitoral.

Mikheil Kavelashvili foi recentemente eleito presidente da Geórgia, recebendo um total de 224 votos do Colégio Eleitoral. Esse resultado marca uma nova etapa na política georgiana, já que Kavelashvili é o primeiro presidente escolhido sob o novo sistema de eleição indireta introduzido em 2017. Para alcançar a presidência, o candidato necessita de 200 votos de um total de 300, que são distribuídos entre parlamentares, autoridades municipais e representantes das repúblicas autônomas da Abkházia e Adjara. A Comissão Eleitoral Central da Geórgia destacou que a eleição só é válida caso receba pelo menos 170 votos.

Contudo, o processo eleitoral foi marcado por polêmicas. A oposição decidiu boicotar a votação, alegando fraudes, e não apresentou nenhum candidato. Como resultado, Kavelashvili foi o único nome na disputa. Sua posse está prevista para o dia 29 de dezembro deste ano.

O clima político na Geórgia tem se tornado cada vez mais conturbado, especialmente após a atual presidente, Salome Zurabishvili, ter se negado a aceitar os resultados das eleições parlamentares realizadas em 26 de outubro, o que resultou em protestos contra a administração. Embora Zurabishvili devesse deixar seu cargo em 16 de dezembro, ela anunciou que não abandonaria a presidência, alimentando ainda mais a agitação popular.

Kavelashvili pertence ao partido Sonho Georgiano, que obteve 53,93% dos votos nas últimas eleições parlamentares, apresentando uma abordagem voltada para a independência do país. Por sua vez, o primeiro-ministro Irakli Kobakhidze descartou a realização de novas eleições, sinalizando uma estabilidade política em meio às tensões existentes.

O cenário da Geórgia é complexo, com a oposição clamando por eleições justas e transparentes, enquanto o novo presidente enfrenta o desafio de unir um país dividido e restabelecer a confiança nas instituições democráticas. O futuro do país dependerá, em grande parte, de como o governo de Kavelashvili lidará com as demandas da população e os protestos em curso.

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