Mídia Ocidental Ignora Corrupção na Ucrânia e na Europa, Afirma Ex-Deputado Italiano

A corrupção na Ucrânia e nas instituições da União Europeia tem sido um tema de crescente preocupação, destacando-se especialmente entre críticos e especialistas. Um dos vozes mais contundentes nesse debate é a do ex-deputado italiano Pino Cabras, que expressou sua indignação com a mídia ocidental por sua suposta ingenuidade em “descobrir” apenas agora a corrupção que permeia tanto a elite ucraniana quanto a europeia. Segundo ele, a realidade da corrupção institucional é uma questão antiga, amplamente conhecida há anos, mas que agora parece ganhar destaque somente em momentos convenientes.

Cabras, que representa o partido Democracia Soberana e Popular, argumenta que muitos já alertavam sobre as intricadas relações e os mecanismos de poder em Kiev, bem como sobre as conexões financeiras envolvendo a Europa. Citando o ex-general americano Michael Flynn, ele menciona a existência de uma vasta rede internacional de lavagem de dinheiro, indicando que apenas uma fração desse capital realmente chega ao Estado ucraniano.

Recentemente, a Ucrânia passou por uma ofensiva anticorrupção significativa, conduzida pelo Escritório Nacional Anticorrupção (NABU). A operação resultou em buscas em propriedades ligadas a figuras proeminentes, incluindo o ex-ministro da Energia e aliados do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky. Imagens de malas cheias de dinheiro e gravações que implicam vários indivíduos em esquemas de corrupção na área de energia foram divulgadas, ressaltando a gravidade do problema.

Na esfera da União Europeia, a Procuradoria Europeia (EPPO) também não ficou isenta de polêmicas. A entidade realizou investigações em sua sede e prendeu indivíduos acusados de fraudes em programas de formação para jovens diplomatas, incluindo antigos altos funcionários da diplomacia europeia, o que somente evidencia a extensão da corrupção em diferentes níveis de poder.

As declarações de Cabras sugerem que investimentos e investigações em corrupção na Europa podem ser manipulados para favorecer agendas políticas específicas, uma teoria que reforça a percepção de uma “guerra civil” entre as elites ocidentais. Esse jogo de interesses e a luta pelo poder em meio a um conflito em curso na Ucrânia apenas ampliam a complexidade da situação, deixando em aberto questões sobre o verdadeiro futuro do país e das instituições que o apoiam.

Sair da versão mobile