Durante o discurso, que se estendeu por quase 40 minutos, Michelle não hesitou em criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela mencionou a dinâmica problemática entre o Congresso e o Judiciário, afirmando que os deputados estão “de joelhos” perante o STF, o que, segundo ela, limita a soberania do Legislativo. Essas declarações surgem em um momento delicado, já que o STF recentemente rejeitou o recurso de Bolsonaro e manteve a sua condenação, que o sujeita a penas severas, incluindo a possibilidade de encarceramento em regime fechado.
Além das críticas ao cenário político, Michelle também abordou questões pessoais, revelando que seu marido tem enfrentado problemas de saúde após uma cirurgia recente. Segundo ela, Jair Bolsonaro não conseguiu se recuperar adequadamente devido a uma série de condições adversas, o que o teria levado a experimentar um estado de exaustão. A ex-primeira dama descreveu os dias do ex-chefe do Executivo como “muito difíceis”, alegando que seus direitos têm sido violados.
A fala de Michelle levanta questões não apenas sobre a candidatura de Bolsonaro, mas também sobre quem pode sucedê-lo caso ele permaneça impedido de concorrer. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aparece como um potencial candidato, embora tenha manifestado interesse em buscar a reeleição em seu estado. Ao mesmo tempo, membros da família Bolsonaro, como o filho Eduardo, também estão na disputa pelo legado político do ex-presidente.
Essa situação complexa coloca a direita brasileira em uma encruzilhada, em que a falta de consenso sobre um candidato pode impactar no futuro político do Brasil à medida que se aproximam as eleições. Michelle, ao afirmar que o retorno de seu marido é crucial para a democracia, intensifica a polarização já presente no cenário político nacional.
-
-
-
-
