Durante seu discurso, Michelle atacou as viagens e os gastos de Lula ao exterior, além de se autodeclarar como “a pessoa mais perseguida do Brasil”. Além disso, a ex-primeira-dama também direcionou críticas ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, sem citá-lo nominalmente. Ela ironizou o uso da linguagem neutra ao afirmar que a pasta agora tem trabalho “para os bandidos”, em referência ao recente escândalo envolvendo o financiamento de viagens de Luciane Barbosa Farias, conhecida como a “dama do tráfico amazonense”.
Luciane, esposa de Clemilson dos Santos Farias, líder de uma facção criminosa, esteve em Brasília em ao menos duas ocasiões e participou de reuniões na Esplanada dos Ministérios, com suas passagens e diárias pagas pelo ministério dos Direitos Humanos. A revelação desse financiamento gerou uma série de críticas à atuação de Silvio Almeida e colocou o ministério sob intensa pressão da oposição.
O discurso de Michelle Bolsonaro marcou mais um capítulo na disputa política acirrada entre o governo e a oposição, deixando em evidência as divergências ideológicas e a polarização que marcam o cenário político nacional. O evento do PL Mulher reafirmou o papel ativo de Michelle Bolsonaro na militância política e sinalizou que a ex-primeira-dama continuará atuante na defesa de pautas conservadoras e de oposição ao governo de Lula.