Durante a cerimônia, Michele afirmou: “Tenho orgulho de vocês, mas não dá para fazer aliança com alguém que é contra o maior líder da direita. Vamos trabalhar para eleger o Girão. Vocês se precipitaram nessa aliança”. Suas palavras expressaram um descontentamento que já havia se manifestado previamente, quando Michelle compartilhou um vídeo em que Ciro criticava Bolsonaro, sinalizando seu desconforto com a parceria.
Em contrapartida, André Fernandes, presidente estadual do PL, não hesitou em defender a estratégia de aproximação com Ciro, alegando que a decisão recebeu a aprovação de Jair Bolsonaro antes da prisão do ex-presidente. Fernandes também enfatizou o respaldo do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, mencionando que essa movimentação visava uma candidatura ao Senado para seu pai, o pastor Alcides Fernandes, algo que gerou resistência por parte de Michelle.
Enquanto isso, Ciro Gomes se apresenta como um possível candidato ao governo do Ceará, visando competir contra o atual governador Elmano de Freitas, do PT, que busca reeleição. Apesar das tensões internas no PL, o evento em Fortaleza tratou Michelle como uma figura com potencial presidencial para as eleições de 2026, com referências de aliados destacando sua liderança. A dinâmica política na região se intensifica, e a relação entre membros do PL e Ciro Gomes promete ser um tema central nos debates vindouros, evidenciando fissuras crescentes dentro da própria sigla.







