Claudia Sheinbaum destacou que a Cidade do México pode desempenhar um papel crucial nas negociações entre Caracas e Washington. Sua abordagem visa evitar intervenções externas e sugere que a solução deve ser pautada pelos mecanismos estabelecidos pelas Nações Unidas. “Buscaremos uma solução pacífica com todos os países que desejarem participar, da América Latina ou de outros continentes”, afirma a presidente, realçando seu desejo de inclusão e cooperação internacional na busca por uma resolução.
Recentemente, as relações entre a Venezuela e os Estados Unidos se agravaram. No dia 15 de dezembro, o presidente americano, Donald Trump, impôs um “bloqueio total e completo” a todos os petroleiros sancionados que se dirigem ou saem do território venezuelano. Essa medida visa pressionar o governo de Nicolás Maduro, que, segundo Trump, usa os lucros do petróleo para financiar atividades ilegais, como narcotráfico e sequestros. Em resposta, Caracas exigiu a interrupção de qualquer tentativa de interferência na comercialização de seu petróleo, reforçando a necessidade de proteção e segurança para suas operações marítimas.
Após as ameaças, a Venezuela adotou uma nova estratégia, utilizando escoltas militares para navegação de navios que transportam petróleo, com o objetivo de garantir a integridade de seus carregamentos frente à crescente agressão americana. A situação continua a evoluir, e as ações do governo mexicano de mediador podem ser cruciais para estabelecer um diálogo que leve à de-escalada do conflito, promovendo um ambiente de paz e estabilidade na região das Américas.
A proposta de Sheinbaum reflete um movimento mais amplo no cenário internacional, no qual países latino-americanos buscam assumir papéis mais proativos na resolução de crises regionais, afastando-se da influência unidimensional das potências hegemônicas.
