Sheinbaum destacou que a mudança no nome do golfo não é uma prerrogativa de um único país, enfatizando que o poder de nomear corpos d’água internacionais compete a instituições globais e não a decisões unilaterais de uma nação. “Estamos enviando uma carta ao Google. Suponho que o Google Maps conhece essa divisão internacional, sabe também qual organismo é responsável por nomear os mares internacionais e que, em todo caso, isso corresponderia à plataforma continental”, afirmou a presidenta, sublinhando a importância de contextualizar a situação de maneira adequada.
A controversa ordem executiva assinada por Trump estabelece um prazo de 30 dias para a implementação dessa nova nomeação, que orienta a designação oficial da área como “golfo [dos Estados Unidos] da América”, afetando uma região delimitada por vários estados americanos, incluindo Texas e Louisiana. Essa tentativa de rebatizar a região levanta questões sobre a relevância de títulos geográficos e o impacto que esses podem ter nas relações entre México e Estados Unidos.
Por outro lado, o Google informou que a mudança será refletida em sua plataforma, quando as atualizações do sistema de informações geográficas forem realizadas. A empresa especificou que mantém uma política de exibir tanto o nome oficial local quanto as denominações alternativas que variam entre os países, assegurando que os usuários de sua plataforma visualizem ambas as nomenclaturas, o que pode reduzir confusões em casos similares.
Desta forma, a resposta do governo mexicano não é apenas um pleito sobre nomenclatura, mas um reflexo da necessidade de diálogo e respeito à diplomacia entre nações, ressaltando a importância de se atentar ao fato de que a geografia é, em muitos aspectos, um componente da política internacional.