A mandatária enfatizou a importância do diálogo entre as nações como uma solução viável para as questões contemporâneas, como a imigração irregular e o tráfico de drogas, em especial o fentanil, substância que tem causado uma alarmante onda de overdose nos Estados Unidos. Durante suas intervenções, Sheinbaum foi enfática ao afirmar que os problemas não seriam resolvidos por meio de tarifas punitivas, como sugerido pelo ex-presidente Donald Trump, mas sim através de colaboração mútua entre os dois países.
Além de discutir as tarifas, Sheinbaum também refutou veementemente as acusações do governo americano de que as autoridades mexicanas teriam relações com o crime organizado. Ela argumentou que tais alegações são infundadas e que, ao invés de apontar dedos, os Estados Unidos deveriam focar na prevenção de drogas em seu próprio território. Para ilustrar sua posição, destacou a atuação do México na confiscagem de substâncias ilícitas, lembrando que apenas nos últimos quatro meses, o país conseguiu apreender mais de 40 toneladas de drogas, incluindo uma quantidade significativa de fentanil.
Sheinbaum também fez um apelo ao governo americano, sugerindo a formação de um grupo de trabalho que reúna especialistas de saúde pública e segurança dos dois países, visando uma abordagem mais eficaz no combate ao tráfico de drogas e à crise de opioides que aflige a sociedade americana. Dessa forma, o embate diplomático entre o México e os Estados Unidos não é apenas uma questão comercial, mas reflete uma rede complexa de interações sociais, econômicas e políticas que exigem atenção redobrada.