O ex-engenheiro químico da estatal petrolífera mexicana Pemex, Guillermo Fabian Martinez Ortiz, de 40 anos, está no centro de uma investigação policial em São Paulo. Ele é suspeito de ser o “Fantasma”, um chef de metanfetamina conhecido no submundo, responsável por baixar os preços da droga na capital paulista.
Ortiz se tornou alvo da Operação Heisenberg, da Polícia Civil paulista, que visa prender 60 integrantes de um grupo internacional, composto por chineses, mexicanos e nigerianos, que dominam o mercado da metanfetamina na região. A operação recebeu esse nome em referência à série de televisão Breaking Bad, onde o protagonista se torna um temido cozinheiro da droga.
De acordo com as informações levantadas, Ortiz já tinha sido preso anteriormente em 2022 com 12,5 gramas de metanfetamina, armas e equipamentos usados para a produção da substância. Ele foi condenado a um ano de prisão, mas conseguiu responder ao processo em liberdade.
Foi durante a Operação Heisenberg, conduzida pelo Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), que Ortiz passou a ser investigado como um dos principais fornecedores de um grupo de traficantes chineses em São Paulo. A investigação revelou que a metanfetamina tornou-se popular na capital paulista, sendo utilizada em práticas conhecidas como “chemsex”, que consistem em potencializar a experiência sexual com o uso de drogas.
A Polícia Civil conseguiu prender um grupo de chineses com 2 kg de metanfetamina, o que levou à apreensão de celulares com diversas trocas de mensagens que revelavam uma grande rede de tráfico. Entre essas mensagens, Ortiz era identificado negociando a venda de armas com traficantes chineses, além de compartilhar imagens da droga e transferências financeiras para sua esposa.
Apesar dos esforços das autoridades, Ortiz, conhecido como “Fantasma” entre os traficantes chineses, permanece foragido e é um dos alvos da operação em andamento. Investigações apontam que a presença de Ortiz no Brasil está relacionada à diminuição dos preços da metanfetamina, já que ele teria passado a produzir a droga em São Paulo, reduzindo custos e abrindo espaço para outros grupos se aventurarem na produção.
Antes, o grama da metanfetamina custava até R$ 600, mas com a atuação de Ortiz e outros traficantes, o preço caiu para R$ 70. A investigação continua em andamento, com o objetivo de desmantelar essa perigosa rede de tráfico internacional que está se estabelecendo em território brasileiro.
Portanto, é fundamental que as autoridades continuem com as operações para combater o tráfico de drogas e garantir a segurança da população paulista. A presença de criminosos internacionais, como Ortiz, representa uma ameaça à ordem pública e à sociedade como um todo.