Mercado financeiro reduz previsões de inflação para 2025, mas expectativas ainda ultrapassam teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.

Na mais recente avaliação do cenário econômico, os analistas do mercado financeiro realizaram uma atualização nas projeções relacionadas à inflação, conforme levantamento semanal do Banco Central. O relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, trouxe dados que revelam uma redução nas expectativas de inflação para 2025 e 2026, enquanto as previsões para 2027 e 2028 permanecem inalteradas em relação à semana anterior.

A nova estimativa para o ano de 2025 caiu de 4,83% para 4,81%. Embora esse número ainda ultrapasse o teto da meta de 4,50% estabelecido para este ano, é notável que a previsão de inflação para 2025 está se aproximando do limite superior do objetivo definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). As expectativas para 2026 são mais otimistas, com a inflação projetada em 4,28%, o que está dentro da meta oficial de 3%, que possui um intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.

O relatório Focus é uma ferramenta importante que compila as previsões de diversos participantes do mercado. Ele fornece uma visão aprofundada sobre vários indicadores econômicos, como a taxa Selic, o comportamento do dólar e as expectativas de crescimento econômico. Esses dados são coletados até a sexta-feira anterior à divulgação, e o relatório é publicado todas as segundas-feiras. Vale ressaltar que as projeções são oriundas do mercado e não do Banco Central, que atua apenas como compilador das informações.

Além de 2025 e 2026, as previsões para 2027 e 2028 apontam respectivamente para inflação de 3,90% e 3,70%. Essas previsões são particularmente relevantes considerando que, em junho, o índice foi superior ao teto da meta com um acumulado de 5,35% – um marco na nova sistemática de “meta contínua”, que avalia a inflação acumulada nos últimos doze meses.

Os analistas, por sua vez, também projetam um aumento de 0,56% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o mês de agosto, um termômetro considerado crucial para qualquer análise de variação nos preços. O índice de setembro será divulgado no dia 9 de outubro e trará mais clareza sobre a evolução da inflação no país.

As constantes atualizações sobre a inflação refletem as incertezas e desafios enfrentados pela economia brasileira, à medida que o Banco Central e os analistas tentam navegar por um ambiente econômico em constante mudança. A expectativa é que as novas informações contribuam para uma melhor compreensão da dinâmica inflacionária e suas potenciais implicações para a política monetária do país.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo