O tom de desespero nas trocas de mensagens é palpável, refletindo um sentimento de impotência diante do avanço das investigações que envolvem figuras relevantes da administração anterior. Cid se mostrava ciente de que o Supremo Tribunal Federal (STF) estava inclinado a aplicar severas punições e afirmava que a única estratégia de sobrevivência para o grupo seria a intervenção do Congresso Nacional. Com um foco explícito em líderes como Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, ele enfatiza que a cúpula do Legislativo poderia ser o último recurso para evitar a detenção de seus pares. Cid é direto ao afirmar que “o STF está todo comprometido”, o que denota sua desconfiança em relação ao sistema judiciário e à sua capacidade de proporcionar um resultado favorável.
Além das estratégias políticas internas, Cid também analisa o cenário internacional como uma possível saída. Em uma de suas comunicações, ele sugere que a reeleição de Donald Trump nas próximas eleições dos Estados Unidos poderia gerar um impacto significativo nas relações internacionais do Brasil, com implicações diretas sobre a política interna. “Uma coisa que pode mudar… é uma vitória do Trump… e o Brasil começar a ter sanções… igual Nicarágua e Venezuela”, escreveu. Essa visão indica uma intersecção entre política local e circunstâncias globais, ressaltando a preocupação de Cid em relação ao tratamento que o Brasil poderia receber na arena internacional, caso as situações de crise se intensificassem.
Essas revelações apresentam não apenas o desespero de uma figura que acredita estar em uma posição crítica, mas também os dilemas éticos e políticos que podem surgir no contexto de um sistema de justiça em análise e de uma diplomacia em constante evolução. O desfecho desses eventos promete ser monitorado de perto, tanto pela sociedade civil quanto pelos operadores do Direito.
