Menino de 10 anos recebe alta da UTI após intoxicação por bolo com arsênio; polícia investiga possível caso de envenenamento no RS.

O caso envolvendo a família que foi intoxicada por arsênio ao comer um bolo em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, ganhou um novo capítulo com a alta do menino de 10 anos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De acordo com o boletim médico divulgado pelo Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, o garoto continuará internado sob os cuidados da pediatria.

O menino é um dos membros da família que passou mal após consumir o bolo no dia 23 de dezembro. Infelizmente, três pessoas não resistiram, incluindo a avó do menino. A mulher responsável por preparar o bolo, Zeli dos Anjos, de 60 anos, segue internada em estado estável, porém com piora na função ventilatória.

Das sete pessoas que ingeriram o bolo envenenado, apenas o menino e Zeli permaneciam internados até o dia 1º de janeiro. Análises preliminares realizadas no hospital revelaram a presença de arsênio no sangue de uma das vítimas e de dois sobreviventes, levantando a suspeita de que a substância tóxica foi a causa das mortes.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul está investigando o caso e considera tanto a possibilidade de intoxicação alimentar por produtos vencidos quanto a de envenenamento deliberado. O delegado Marcos Vinicius Muniz Veloso, responsável pela investigação, não descarta nenhuma hipótese e afirmou que a equipe está trabalhando incansavelmente para esclarecer os fatos.

A investigação ganhou contornos mais complexos devido ao fato de que o marido de Zeli faleceu em setembro passado em circunstâncias semelhantes. Sua morte, à época, foi considerada natural, mas agora seu corpo será exumado para averiguar a possibilidade de envenenamento. A polícia destaca que Zeli foi quem ingeriu a maior quantidade do bolo envenenado, consumindo duas fatias e tendo uma concentração significativamente maior de arsênio no sangue.

O desenrolar desta trágica história continua sendo acompanhado de perto pelas autoridades e pela população, que esperam por respostas conclusivas que possam trazer justiça para a família afetada pela intoxicação.

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