O menino é um dos membros da família que passou mal após consumir o bolo no dia 23 de dezembro. Infelizmente, três pessoas não resistiram, incluindo a avó do menino. A mulher responsável por preparar o bolo, Zeli dos Anjos, de 60 anos, segue internada em estado estável, porém com piora na função ventilatória.
Das sete pessoas que ingeriram o bolo envenenado, apenas o menino e Zeli permaneciam internados até o dia 1º de janeiro. Análises preliminares realizadas no hospital revelaram a presença de arsênio no sangue de uma das vítimas e de dois sobreviventes, levantando a suspeita de que a substância tóxica foi a causa das mortes.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul está investigando o caso e considera tanto a possibilidade de intoxicação alimentar por produtos vencidos quanto a de envenenamento deliberado. O delegado Marcos Vinicius Muniz Veloso, responsável pela investigação, não descarta nenhuma hipótese e afirmou que a equipe está trabalhando incansavelmente para esclarecer os fatos.
A investigação ganhou contornos mais complexos devido ao fato de que o marido de Zeli faleceu em setembro passado em circunstâncias semelhantes. Sua morte, à época, foi considerada natural, mas agora seu corpo será exumado para averiguar a possibilidade de envenenamento. A polícia destaca que Zeli foi quem ingeriu a maior quantidade do bolo envenenado, consumindo duas fatias e tendo uma concentração significativamente maior de arsênio no sangue.
O desenrolar desta trágica história continua sendo acompanhado de perto pelas autoridades e pela população, que esperam por respostas conclusivas que possam trazer justiça para a família afetada pela intoxicação.