Menino autista é agredido em clínica de Maceió; OAB/AL promete acompanhar investigação e buscar justiça para a família afetada.

Em um episódio alarmante que gerou indignação em Maceió, um menino de apenas sete anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi agredido por uma terapeuta ocupacional em uma clínica privada. A denúncia, que veio à tona por meio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da seccional Alagoas, revelou não apenas a brutalidade do ato, mas também o impacto psicológico que a agressão causou na criança e em sua família.

O incidente, ocorrido no dia 17 de setembro, foi capturado pelas câmeras de segurança do estabelecimento, evidenciando a terapeuta puxando os cabelos do menino em várias ocasiões enquanto ele gritava por ajuda. A gravidade da situação se intensificou quando a mãe do garoto, ao ser informada sobre o que havia ocorrido, pediu acesso às gravações e, ao assisti-las, ficou chocada com o tratamento cruel que seu filho recebeu durante a terapia.

A terapeuta foi imediatamente afastada de suas funções e o caso foi encaminhado ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito). Além disso, um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil, com a investigação sendo conduzida pela Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA).

A família, que já enfrentava desafios decorrentes do TEA do menino, viu a situação piorar com a agressão. O garoto passou a apresentar comportamentos regressivos, incluindo pesadelos e resistência ao tratamento, levando a uma reavaliação de seu plano terapêutico. Já a mãe, emocionalmente abalada, precisou interromper suas atividades profissionais em virtude do estresse pós-traumático gerado pela situação.

A OAB/AL, sensível à gravidade do ocorrido, manifestou seu compromisso em acompanhar o caso de perto. Vagner Paes, presidente da OAB local, destacou que não se pode deixar que situações de violência como essa fiquem impunes e que todas as medidas legais serão tomadas para responsabilizar quem agrediu a criança.

O advogado da família, Marcelo Madeiro, também ressaltou a urgência de uma investigação eficiente e rápida. Ele expressou preocupação com o estado emocional da família e o impacto contínuo que essa violência pode ter na vida da criança.

As imagens que comprovam a agressão foram encaminhadas à delegada responsável, enquanto a OAB/AL se comprometeu a monitorar todas as etapas do processo judicial, em busca de justiça e proteção para o menino e sua família.

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