A queda do avião, um ATR 72 500, ocorreu exatamente às 13h22, no Residencial Recanto Florido, em Vinhedo. O voo tinha decolado ao meio-dia do aeroporto em Cascavel, Paraná, e seguia para Guarulhos, em São Paulo. De acordo com informações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), a aeronave enfrentou condições meteorológicas adversas que facilitaram a formação de gelo severo, um fator que contribuiu para a tragédia. Durante uma manobra às 13h21, a aeronave perdeu o controle, resultando em uma queda abrupta.
As famílias das vítimas, várias delas representadas pelo advogado Luciano Katarinhuk, expressaram a angústia que sentem diante da busca por justiça. Após uma audiência na Polícia Federal em Campinas, ele reiterou a necessidade de que os responsáveis pela queda sejam identificados e punidos. Segundo Katarinhuk, o desejo daquelas famílias não é de vingança, mas de justiça, para que incidentes como esse não se repitam na aviação civil brasileira.
Em relação à investigação, o Cenipa adianta que já foram analisados gravadores de voo e realizada uma série de entrevistas com envolvidos na operação da aeronave. Os investigadores estão focados na identificação de fatores que contribuíram para a tragédia, contando com uma equipe multidisciplinar que inclui especialistas de diversas áreas. Contudo, não há previsão para a conclusão das investigações, dadas as complexidades envolvidas no caso.
Após a tragédia, a Voepass também se manifestou, destacando que este evento foi o mais difícil em sua história, com impactos irreparáveis. A companhia reafirmou seu compromisso com as famílias e a transparência nas ações que se seguem, incluindo as indenizações para os afetados e suporte psicológico contínuo.
O memorial em Vinhedo representa uma busca por lembrança e reconciliação, enquanto se aguarda um desfecho para as investigações e a esperança de que lições sejam aprendidas para garantir a segurança no transporte aéreo.
