A lista de municípios impactados pelo fenômeno abrange desde Campo Grande até Traipu, perfazendo cerca de 36 cidades que vêm enfrentando os desafios impostos pela seca. Na prática, isso significa que localidades como Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia e Piranhas, entre outras, estão no epicentro deste alerta hídrico.
As chuvas registradas em agosto ficaram abaixo da média em praticamente todas as regiões do estado, contribuindo para a piora na percepção e nas consequências da seca. Esse déficit pluviométrico resultou em uma distribuição irregular das águas, agravando ainda mais a situação dos municípios que já sofriam com a escassez hídrica.
Em termos de infraestrutura, o relatório da Semarh destaca que, dos sete principais reservatórios monitorados, seis apresentaram uma redução nos seus volumes quando comparados ao mês anterior. Apesar disso, cinco deles ainda mantêm seus níveis acima de 100%. Entre os reservatórios que já refletem a diminuição das chuvas estão Jaramataia e Boa Cica. O último, inclusive, é mantido intencionalmente com um volume de 24,7% para garantir espaço necessário para controle de enchentes e suporte à irrigação das plantações situadas a jusante.
Essa gestão estratégica do volume, embora adequada para prevenir enchentes e sustentar a agricultura local, também evidencia o constante equilíbrio que deve ser mantido entre as necessidades hídricas para o consumo humano e as demandas da agricultura. E, à medida que a situação da seca evolui ou se agrava, a Semarh e demais órgãos competentes precisam redobrar os esforços para mitigar os impactos no abastecimento e na economia local.
O quadro atual exige não apenas atenção das autoridades, mas também a conscientização da população para um uso consciente da água, a fim de suportar o período de estiagem que se prolonga. Além disso, investigações contínuas e aperfeiçoamento das infraestruturas são fundamentais para enfrentar os desafios impostos pelas condições climáticas instáveis e garantir o bem-estar da população alagoana.