No cerne desses desafios está a urgente necessidade de aprimorar os sistemas de transporte público, considerados fundamentais para a redução das emissões de carbono. Especialistas apontam que a eletrificação das frotas de ônibus e o incentivo ao uso de bicicletas, através da expansão de ciclovias, são medidas imprescindíveis para a sustentabilidade urbana. “Além da eletrificação das frotas de ônibus, o incentivo ao uso de bicicletas, por meio da criação de mais ciclovias, é urgente para tornar as cidades brasileiras mais sustentáveis e eficientes”, afirma Gustavo Loiola, professor e consultor em ESG.
A adoção de energia renovável nos prédios públicos também deve ser uma prioridade para as futuras gestões municipais. Exemplos de sucesso, como em Curitiba, onde instalações governamentais já utilizam painéis solares e pequenas usinas hidrelétricas, demonstram o imenso potencial de expansão desta prática em todo o país. “Implementar fontes renováveis para alimentar prédios públicos reduz custos e fortalece o compromisso das cidades com a eficiência energética, algo essencial para enfrentar os desafios econômicos e ambientais do futuro”, argumenta Loiola.
Com a intensificação dos eventos climáticos extremos, como as enchentes no sul do Brasil e ondas de calor recorde em diversas regiões, a resiliência climática emerge como um tópico crucial. “Os gestores devem estar atentos às políticas de mitigação climática, porque o impacto já está sendo sentido. Quanto mais as cidades se prepararem, menos desastres e perdas elas enfrentarão no futuro”, alerta o especialista.
Outra área estratégica é a educação ambiental, que deve ser promovida desde a infância até a fase adulta. Para Gustavo Loiola, a conscientização ecológica é uma prioridade que precisa ser abraçada pelos futuros prefeitos. “Mais do que um tema de campanha, a sustentabilidade deve ser vista como uma estratégia fundamental para o futuro das cidades brasileiras”, enfatiza.
À medida que os eleitores se preparam para ir às urnas, fica evidente que os candidatos comprometidos com soluções sustentáveis e políticas inovadoras terão uma vantagem significativa. A responsabilidade ambiental, uma governança que preza pela eficiência energética e a adaptação diante das mudanças climáticas são aspectos que não apenas atendem às necessidades imediatas, mas também posicionam as cidades em um caminho de crescimento resiliente e sustentável.